Evento celebra iniciativas da UFG e anúncio de novo prédio no Parque Tecnológico Samambaia
Parceria junto ao governo de Goiás e Inpe viabiliza lançamentos do Cempa Cerrado e de construção de sede para a unidade e o LaMCAD/UFG
Na tarde da última sexta (20/10), o Parque Tecnológico Samambaia (PTS/UFG) foi palco do evento de lançamento oficial do Centro de Excelência em Estudos, Monitoramento e Previsões Ambientais do Cerrado (Cempa Cerrado) e da pedra fundamental da futura sede que abrigará a unidade e a expansão do Laboratório Multiusuário de Computação de Alto Desempenho (LaMCAD/UFG). Na ocasião, também foi assinado um Acordo de Cooperação Técnica entre o Cempa Cerrado e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O evento foi realizado no primeiro andar do prédio da Agência UFG de Inovação/Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação da UFG (PRPI/UFG), onde houve a cerimônia de apresentação e formalização das ações. A introdução ficou por conta do professor do Instituto de Estudos Socioambientais da UFG (Iesa/UFG) e coordenador do Cempa Cerrado, Manuel Ferreira, que traçou, para uma plateia lotada e repleta de autoridades, um quadro atual sobre o impacto das mudanças climáticas no país e, especialmente, no Cerrado.
Na sequência, o chefe da Divisão de Modelagem Numérica do Sistema Terrestre do Inpe, Saulo de Freitas, realizou a apresentação técnica do Cempa Cerrado e demonstrou como se dará a parceria junto ao Inpe, impulsionando as atividades de monitoramento e previsões ambientais, com perspectivas de criação de unidades do Cempa focados também em outros biomas do país. A oportunidade também serviu para Saulo anunciar a cooperação do Cempa Cerrado na implementação de um novo modelo de previsão climática, chamado Monan, cujo projeto é liderado pelo Inpe e tem o apoio de mais de 30 instituições e mais de 100 pesquisadores.
Para isso, está prevista a ampliação e modernização de toda a estrutura do LaMCAD/UFG, que já apoia a realização de atividades do Cempa Cerrado. Nesse sentido, o professor do Instituto de Física da UFG (IF/UFG) e coordenador geral do LaMCAD/UFG, Herbert Georg, ficou encarregado pela apresentação do projeto arquitetônico da futura sede que abrigará ambas as iniciativas. Ao todo, a obra deve durar 1 ano e 10 meses e contará com o investimento de aproximadamente R$ 10 milhões. A área coberta é de quase 3 mil m², enquanto a construída, de 2.345 m², contemplará escritórios, salas de reunião, espaços de coworking e auditório, entre outros ambientes.
Interesses convergentes
O evento ficou marcado, ainda, pela assinatura de declaração conjunta, entre UFG, governo de Goiás e Inpe, na reafirmação do compromisso em torno da implementação do Cempa Cerrado como um esforço na busca por soluções para o desenvolvimento socioeconômico e sustentável do Cerrado brasileiro. O simbolismo de tal gesto reverberou nos discursos dos membros da mesa diretiva quando foram à tribuna. Segundo o secretário-chefe da Secretaria-Geral de Governo de Goiás (SGGG), o Cempa Cerrado vai ao encontro da necessidade de o Brasil aproveitar o seu potencial na produção de alimentos, sustentabilidade e preservação do meio ambiente. “É hora de investirmos em todos os mecanismos que nós temos para proteger o nosso planeta e as gerações futuras”, afirma.
Para o diretor nacional do Inpe, Clezio De Nardin, é preciso regionalizar os sistemas meteorológicos, de monitoramento ambiental e de previsão climática, o que o estado de Goiás e a UFG entenderam muito rapidamente. “Essa iniciativa é o caminho natural e atenderá a necessidades diversas, não só relacionadas ao meio ambiente mas também em questões de defesa civil, como na prevenção de catástrofes e desastres. Levar o Inpe, juntamente de todos os nossos parceiros, para um futuro melhor é o que estamos fazendo”, diz.
A reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, ressaltou que o formato de gestão compartilhada tripartite é inovador e fará jus ao tamanho do Cempa Cerrado. “Trata-se de uma estrutura robusta e dinâmica, e, da mesma maneira que ela foi criada, pode ser aprimorada à medida que o Centro seja multiplicado e a experiência nos revele essa necessidade”, conclui. Na ocasião, Angelita empossou os integrantes da diretoria executiva do Cempa Cerrado, com representantes da UFG, governo estadual e Inpe.
Evento prestigiado
A composição da mesa diretiva contou ainda com a presença do diretor de Programas e Bolsas no País da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Laerte Junior; do coordenador-geral de Ciências da Terra (CGCT) do Inpe, Gilvan Sampaio; do secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação de Goiás (Secti Goiás), José Frederico Netto; do diretor científico e de inovação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), Claudio Leles; do deputado estadual por Goiás, Antônio Gomide (PT/GO); e da vereadora por Goiânia, Kátia Maria dos Santos (PT/GO). Por questões de saúde, o diretor do PTS/UFG, Luizmar Júnior, não pôde estar presente.
Já a plateia reuniu o vice-reitor da UFG, Jesiel Carvalho, diretores de unidades acadêmicas e pró-reitores da UFG – incluindo a de Pesquisa e Inovação, Helena Carasek, e sua adjunta, Fabíola Fiaccadori, outros representantes do governo de Goiás e personalidades ilustres, a exemplo do superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Goiás e ex-prefeito de Goiânia, Pedro Wilson. Após o momento de falas, as autoridades se dirigiram a uma área do Parque localizada ao lado da sede da Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape) para fazer o descerramento da placa de inauguração da pedra fundamental do futuro prédio que reunirá o Cempa Cerrado e o LaMCAD/UFG, ato que marcou o encerramento da solenidade.